[ meu Amor ]

...as minhas vontades e desejos têm um denominador comum; Tu que és a Luz dos meus dias!

[...de ti para mim ]

...em tempos dizias[me] que o que havia de melhor em mim era o meu amor por Ti. Continua a ser Teu, continuo a ser Tua. 

Não são floreados meu amor.

[...será sempre assim! ]

...como te amo? Não sei de quantos modos vários.

[ Amo te, já te tinha dito hoje?!]

...meu Amor, hoje não sei porquê, mas sinto[me] abraçada no teu colo, a tua mão no meu rosto num afago tão delicioso. Há lembranças que são tão reais como este dia de inverno. 

[Sou Te ]

...hoje o corpo e a alma ondulam em mar calmo e sereno. Foi este saber escutar o murmúrio que a Lua espelha na imensidão do oceano das lembranças permitisse esta harmonia.

[...saudades sem tamanho ]

...sabes, meu amor,

eu ainda acredito;

mesmo que não saiba ouvir o silêncio

sabes, meu amor,

todos os dias te espero;

porque sou teu porto seguro.

sabes, meu amor,

à noite aconchegas[me] o sono;

Tu sabes, que és parte de mim, Tu sabes!

 

[...dos murmúrios da pele]

...estes dias de chuva banham[me] de memórias vivas enroscadas entre afagos que outrora aromatizavam o nosso quarto numa mistura de fragrâncias que exaltavam os sentidos. Sabes, meu amor á pele nada esquece, e o teu toque está tão presente em mim.

[ ...se me abraçares, não partas. ]

Se partires, não me abraces – a falésia que se encosta

uma vez ao ombro do mar quer ser barco para sempre

e sonha com viagens na pele salgada das ondas.

Quando me abraças, pulsa nas minhas veias a convulsão

das marés e uma canção desprende-se da espiral dos búzios;

mas o meu sorriso tem o tamanho do medo de te perder,

porque o ar que respiras junto de mim é como um vento

a corrigir a rota do navio. Se partires, não me abraces -

o teu perfume preso à minha roupa é um lento veneno

nos dias sem ninguém – longe de ti, o corpo não faz

senão enumerar as próprias feridas ( como a falésia conta

as embarcações perdidas nos gritos do mar) ; e o rosto

espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.

Se me abraçares, não partas.

Maria do Rosário Pedreira

[...do tempo]

...olho em meu redor e meus olhos não encontram os teus, mas sinto o teu cheiro. 
Estou estagnada no nosso tempo e apenas o meu corpo se move conforme o estado do tempo. Sou figurante da Vida, duma Vida que não é a minha.

[...e hoje]

...dou por mim a suspirar pelos teus olhos verdes

[Faz me falta ]

...aquele abraço de check-in onde nossos corações pulsavam a um só compasso.

[...És me,sempre verbalizado no presente! ]

És, e sempre foste, o meu sonho!