[ Cuius latum perforatum ]

 prelibar 

antes ou depois

[The Dark Knight - Hans Zimmer /J. Newton Howard]

[ Memento quod et tu non dierum ]

comungo contigo estas palavras tu que me lês

que abandonas uns minutos do teu tempo para passares por aqui

deixando ou não um cunho, teu

sou-vos grata por isso, por aquilo que me vão acrescentando um pouco mais

faz falta um pouco de humildade nesta sociedade ,

este ano poderia dizer que o Olimpo se desmoronou, e desmoronou mesmo

as fendas essas solidificarão, depende do rumo que os Querubins e Serafins têm para mim. Todos os dias são de renovação , mas também de muita luta interior, vá não sejas egoísta, nem egocêntrica porque olha à tua volta e sabes bem o que vês. Fraquejo tantas, mas tantas vezes e quem te levanta? as verdadeiras Amizades! sejam elas de que natureza forem, então és uma privilegiada, sou!

Lembra-te que és sim em dia não.

[ Omne patiens est mitigat ]

tudo é lento

numa alma inquieta

tudo é lento

quando a urgência é urgente

tudo deixa de ser  lento

quando o meu respirar é em função do teu

tudo deixa de ser lento

quando a minha pele comunga da tua

tudo deixa de ser lento

para juntar a soma dos dedos

tudo deixa de ser lento

naqueles sorrisos parvos

tudo, em teoria pode ser vazio

tolice a tua que divagas

pelos campos alagados com o sal dos teus olhos

ingrata, portanto

sabes que sim

também sabes que o teu tempo  é lento, por agora

contraria-te

tens o bordão, porque esperas?!

Atreve-te nesta caminhada que nada sabes

a candeia alumia-te

"in infirmitatem, sagacitas"

 

[ Turpitudinem uxoris verba ]

da nudez das palavras

sabes que te expõe

como nas masmorras

frias e cálidas ao mesmo tempo

mergulhadas num negrume acre

está vigilante

o cangalheiro não bate na porta duas vezes, como o carteiro

oh sorte de almas devassas

prestarás contas, que não são as do rosário

porque esse não te salva

das palavras que caiem como chibatadas numa pele rosácea

o caminho é voltar presa aos grilhões da vida

talvez sim, ou talvez nim

[ Hac nocte est quod est ad iuvenis ]

[...

Tonight is what it means to be young 

 Before you know it it's gone 

 Tonight is what it means to be young

 Before you know it it's gone

 I've got a dream when the darkness is over

 We'll be lying in the rays of the sun 

 But it's only a dream and tonight is for real

...]

[ Affectum Symphony're]

da manhã fria, mas soalheira

 fios de sol quentes

beijam-lhe a pele

eriçando-lhe em pequenos

laivos 

prelúdio

de uma sinfonia de sentires

mas, o dia ainda despertou

dizes bem, 

será uma dança lenta

em lume brando

a tua hora chegará

no negrume da noite

iluminada pelo brilho do teu olhar

 

 

 

[ Consumpsi naufragus huius artis ]

das horas, tardias ou não

estás impossível

não, inquieta

numa quietude que é tão tua

acessórios que a vida  presenteia

deliciosamente 

um turbilhão de tormentas

certamente não será em dobrar o "Cabo da Boa Esperança"

mas, antes as tremuras de um corpo

que se quer navegado com mestria 

com arte de náufragos 

 

[ Sonos villis inhorrescere cutis eius ]

[ Effervescentia della ]

o caos dissipa-se por entre as brumas do desejo

na mortalha do resto das horas

uma linha invisível separa, ou une?!

que queres das horas

desassossegos

inquietação

ode ao prazer dos sentidos

santuário contemplativo

advento dos sentires

trilho

 da bem-aventurança

lânguida

desagua num delta efervescente 

 

 

 

 

[ Et data dimissi ]

os dados foram lançados

estarás tu 

capacitada de exercer a demanda 

que te

 exigem....

saber ser em mim!

[ Horis silentium ]

quietação

são umas horas no Purgatório

pele esbugalhada de luxúria

rendição 

decano do êxtase 

[ Adventum]

 tempo do Advento

momento

 de reflexão

de entrega

de nos dar-mos, simplesmente

de esperança

de estarmos disponíveis para "o Outro" 

e de outros tantos ingredientes necessários 

para despertar o melhor que há dentro do nosso coração.

Ibi certior sit futurus est verae amicitiae?!

 

[ Quibus auditis hinc ]

[ Fluctuationem iusto ]

podia

mas, não é como tu anseias

que seja

lembro, sei e sinto

inquietação

nega-lhe, como se isso fosse possível perante as evidências

calidez da pele

corpo arqueado de tão ebuliente

inebriante neblina odorífera

 

 

 

 

 

[... ]

...

[ Nebula cupiditatis inquies ]

há uma estranheza em mim

serás tu que estás num corpo que não te pertence

ou estás com merdas e afins

paciência encontra-se no limbo

e tu gotejas esse teu mau feitio

que tece fios de carmesim

num corpo que a pele retesa-se

nas brumas do desejo

inquietação no desassossego de quem se quer viva

 

 

 

 

[ Sonnet secundum allegoriam ]

Da luz ténue

vislumbra[se] um socalco 

murmúrios 

do que sente 

da brisa que lhe eriça a pele

abyssus abyssum invocat

de sentires
sonetos de alegoria  

[ Adoramus te, sanctissime pellis ]

 templo

crença da divindade

profana 

talvez

das brumas ao limbo

catacumbas do prazer 

Querubins e Serafins

glorificação

ou punição 

prazer breu

cravado na pele

 

 

 

[ Condor in praedam ]

das pressas matinais
ou será o sangue quente que te corre nas veias
que jorra de vida
que te chama
que te sente
que te brinda ou que se ausenta
sabe-te como se de uma cordilheira se tratasse
 condor das tuas presas
 


 

[ Speculum ardere ]

cativa do que lhe seduz

retesa-se num nanossegundo de pensamento fugaz

pecado, luxúria,

um debate numa batalha perdida

pele dorida

embriagada 

de carícias lânguidas 

espelho ardente 

[ Obruens sensu ]

dor latente que lhe inunda os sentidos

urgência

 

[ Sicut ti ]

 cada vez mais faz falta dizer:

Gosto de Ti

[ Ut exhiberet convivium te de morte ]

hoje acordei viúva

da pele

do cheiro

do mau feitio

sim, de mim

[ Claustrum voluptatem ]

da brisa fresca, aromas citrinos 

eriça a pele 

num mais-querer

retesados 

ao toque

prazer supremo

nega-lhe

prisioneira no claustro do gozo

[ Libidine, et gaudium ]

 cativa 

imóvel face à invasão

do pensamento, do desejo

húmida, escorregadia  

ruge num grito mudo de luxúria

escancara o gozo

intenso, íntimo

o D´Ela 

[ Familiaritatibus continetur ]

[ Quae videtis ]

do verbo contemplar

a vida desenha-se 

o tempo verbal pouco importa

[Ego dormio per moments]

Gave you all that you needed
You cut but I'm bleeding
And all of my strength that I gave to you
I loved completely
You lose then you leave me
And all of my hope
I left with you too
But I gave my heart whole I did
I gave my heart
And although it's lost
It is still beating
And I gave my whole soul I did
I gave my soul
And although I'm broken
I am still breathing
I will sleep through the moments
All the moments you've stolen
All for my love
I'll learn the truth

 

[ Vincula inter suavitatis]

das vivências 

tecidas de fios de sorrisos 

entremeados com a doçura dos dias cinzentos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[ Insanias multas in mane autumnus ]

Outono numa folha solta ao vento

 

[ Vespere autem reverie]

[ Opere gemmario ]

 laivo mudo

do pó que te transformou

não jaz nas lembranças

antes no limbo

aos Serafins, cabe nortear-te 

"aspera in ungue adamantino"

[ Sommelier libidinosus ]

rasga-me  a pele

em laivos de prazer

não te negues e solta-te

urgências

não me avises

liberta-me 
corpos suados
loucos gemidos

 escanção libidinosa

 

[ Tune daemoniorum ]

não afines os demónios que há em mim

[Intermissa quasi sermonem loquens]

hoje não sei de mim

nas prateleiras das lembranças

não me encontrei

nas molduras da vida

também não me achei

aonde estás verdadeiramente?!

nas masmorras do destino

ou na esperança de quem te salva?!

quem te há-de salvar se flutuas

nas horas do purgatório

purga que te lava a Alma

não a entregaste ao pecado?!

estás suspensa como um suspiro

uivado no Olimpo até aos confins da Terra.

[Annuntiatio qui iustificat]

sabes-me de cor

cada retalho meu

cada vislumbre no meu olhar

mas, será que me sabes  na intermitência

no antes e no depois

a sequência é um mero assessório

da eloquência do sentir

a vida não pode esperar

tatua o poeta na pele

o horizonte abraça o pôr do sol

no veludo dos meus lábios

anunciação do pecado

que nos há-de salvar!

[Altare vos sentio]

talha dourada 

 toda ela 

sou eu

 

[Intimiddae horis ]

dos pequenos detalhes

 pele embriagada

 intimidade das horas

 agasalho de Outono

[ Septem Warped Graphics ]

 das horas tardias

a pele sobreexalta em cada poro

o ímpeto da Luxúria

conjugado com a Gula 

e a Ira do sentir

a sofreguidão da Avareza que é pouca perante o desejo 

inundada por ondas de prazer 

solta com Vaidade um grito

 abafado pela vibrante excitação

rende-se num acto de Preguiça

 comedida pelas horas tardias
ornamentadas pelos sete pecados capitais
onde a Inveja jaz em deleite
numa pele rosácea

[ Trabe lentus irrumasti lascivus]

susteve não sei se foi a respiração ou o acto em si
das linhas tenebrosas e de mares revoltos de sentires
náufrago solitário
sob o olhar atento da Lua
olha-te no seu reflexo
o que vês?!
o cangalheiro com a lamparina 
delírios teus, menina
a tua hora, são outras mortes
lentas e lascivas

[ Videri diebus nuntiatum est futurum subito ad terram ]

 

 

 

 

 

Parecem dias de anunciação, É o futuro que te agarra ao chão

[ Venerunt in domum suam]

do que hesita,
talvez pela dor aguda que lhe provoca
sibilar o que lhe lhe faz doer
enxuga as lágrimas
 toca-se
abandona-se
ao compasso das carícias constantes

havia verdadeiramente voltado a casa

 

 

 

 

[ Omnium saeculorum, Amen ]

ela tem todos os sonhos numa caixa

perdeu a chave e a caixa também não é mais a mesma

a carpintaria dos sonhos está em liquidação

dizem que o sonho comanda a vida

 o liquidatário diz em asta pública que não tem salvação

a figura de Lucifer sobressalta, pesadelo sobrevoa

aterrorizado em confissão, diz que se deixou em tentação

Medusa o petrificou. 

A caixinha de música deixou de tocar, o alarido fez-se notar

amaldiçoados, tenebrosos, aterrorizados, mil coisas enfeitiçadas

ó Lua que te atreves  romper pela noite 

 as estrelas alumiam guiando o desnorte, 

ao raiar da aurora o Sol, calor da esperança

abençoados os que acreditam no que voltam a sentir 

para todos os séculos, Amém.

[Cupio et turbulentias]

é urgente

és urgente

dizem o veludo dos teus lábios

imóveis

mas falam

 dessa intimidade 

 sôfregos

 tempestades 

turbulentas de desejo

[ Abyssum irent in statera ]

 

da geografia das palavras

dos socalcos que percorres

feita criança descalça

sabes dos perigos

os precipícios são abismais 

irregular o que pisas,

equilibras-te?!

[ Infandum ]

 

 gesto 

 toque

indizível

 

[ Ego hodie carbo ]

 

 

hoje pinto preto

de tão negro que sinto

não toques, ainda está de fresco

mas, quanto tempo de secagem

se eu soubesse sobre futurologia

hoje estaria a colorir

com as cores mais garridas

que alguma vez o pincel ousou abraçar

hoje sou carvão

 

[ Innuit muta ]

passeia-se pelos palcos da vida

altiva aos olhares que em surdina

tecem as contas dum Rosário

ferve em laivos mudos

sorri num cumprimento

assertiva, nota introdutória. 

[ Sui Flagellationis ]

da ladainha dos sentires

em cada toque um aflorar

priva-se do que sente

auto-flagelação 

 

 

[ Cum blog ludere ]

O Olimpo veste-se imperativamente para dar resposta ao desafio  do Blogger Partilhar Diferenças

 

 

 

REGRAS:

1 - Poema ou prosa

2 - A ser publicado no vosso blogue

3 - Tema a vosso gosto

4 - Obrigatoriamente terá que ter uma destas palavras: lenda, brisa e voz




Partilho-me nesta melodia de Roberto Vecchioni

[ Alma civitatibus ]

 a noite vestiu-se em mim

[ Et ut lux erit cornua ]

"Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança!”

[ in, A Divina Comédia - Inferno, Canto III, de Dante Alighieri]

[ Redemptio ]

 pensamento agitado

há lenta redenção

[ Subobscure quodammodo lex hostiae ]

da cortina ínfima do tempo

o altar não pede sacrifício

antes,

rituais preparatórios